É a sua vez de brilhar, Rita Ora!

 
 
 
Se é verdade que as musas da moda surgem durante o inverno, quando as máquinas de costura dos ateliês estão a toda com a preparação das coleções outono-inverno, Rita Ora pode ser a representante britânica de destaque no momento. Aos 22 anos, a protegida de Jay-Z vem conquistando os estilistas com seu estilo despreocupado, uma mistura de hip-hop, brilho e Gwen Stefani dos anos 1990.
 


— A moda anda tão séria há tanto tempo! É hora de se divertir um bom pouco, não é? — diz Peter Dundas, que vestiu a cantora para vários eventos no tapete vermelho no ano passado e admira seu visual “hip-hop e ultrafeminino, mas com jeito de moleca”.
 
O estilista da Pucci conheceu Rita quando a convidou para acompanhá-lo à festa do 111º aniversário da Bergdorf Goodman, em outubro. Rita usou um vestido coluna creme clássico combinando com o cabelo à la Jean Harlow e, segundo ele, a ocasião foi “divertidíssima”.

De fato, ela tem cara de quem gosta de aprontar.

— Foi uma noite bem legal — comenta Rita, sorrindo.

Sua voz ainda está meio rouca por causa da noite anterior, quando fez o último show de 2012 no Highline Ballroom de Nova York usando um gigantesco casaco de pele — que não demorou a se abrir para revelar um sutiã esportivo preto e uma calça de pijama de seda estampada de Roberto Cavalli.
Loira oxigenada, quase sempre de batom vermelho sem brilho (embora tenha feito a entrevista usando um nude meio rosado “para combinar com as cores neutras” da calça de couro rosa e o top cinza de seda da Salvatore Ferragamo), Rita dá a impressão de poder chamar a atenção até na Antártida, embora seu primeiro álbum, Ora, ainda não tenha data confirmada de lançamento nos Estados Unidos. O disco foi lançado no Reino Unido em agosto (direto no topo da parada pop), e o clipe de Shine Ya Light já superou, em muito, os seis milhões de visualizações.
Rita também já se envolveu em polêmica: no início de dezembro, teve uma suposta briga com o astro de reality show Rob Kardashian, que os boatos davam como seu namorado (embora a relação nunca tenha sido oficializada) porque Rob sugeriu que ela o tinha traído com “quase 20 caras”. O bate-boca pelo Twitter, já deletado, gerou até a hashtag “RitaWhora” (trocadilho com a palavra “whore”, que significa “vadia”).
 
Para os organizadores de festas de moda, Rita parece preencher todos os requisitos necessários. Janjay Sherman, diretora de publicidade e relações de talento da Extra Extra, divisão de eventos da revista Paper que organiza a festa Absolut Tune para a Pernod Ricard, diz que recomendou a cantora porque seu nome começou a pipocar no site de fofocas JustJared.com.

– Além disso, gosto do som que ela faz e de seu visual. Para ter popularidade é preciso ter a aparência e o som certos, além de uma base forte de seguidores nas redes sociais, e ela tem os três – explica.

Ou, como disse Sarah Bessette, diretora de relações públicas de bebidas alcoólicas da Pernod Ricard EUA:
 
– Ela é afilhada do Jay-Z, e tudo o que ele toca vira ouro.
 
 
A garota do brechó coleciona grifes

Rita atribui grande parte de sua educação cultural ao ambiente em que foi criada.

— Era uma salada cultural. Tinha amigos metrossexuais, homossexuais e outros que não tinham nada a ver com nada. Gente de tudo quanto é tipo – ela conta.

Nascida em Kosovo de pais kosovares albaneses, Rita tinha um ano quando sua família se mudou para Londres e acabou se fixando perto da Portobello Road, em West London. Seu pai, Nick, é dono do pub Queens Arms, em Kilburn, onde, ainda menina, a cantora aprendeu a servir cerveja; sua mãe, Vera, que Rita descreve como “a mais descolada” e sua “heroína”, é psiquiatra. Ela tem um irmão, Don, de 15 anos.


Quando não estava jogando futebol (“Eu era a mais moleca”, conta, acrescentando que torce para o Chelsea), Rita estava cantando. Aos 11 anos, matriculou-se na Escola de Teatro Sylvia Young e foi aceita depois de um teste e de ter escrito um parágrafo no qual descrevia seu amor pela música e por seus ratinhos de estimação, Ant e Dick.

Aos 14 anos, começou a prestar atenção em sua aparência: etnicamente ambígua (“Sempre acham que sou descendente de latinos”, revela) e cheia de curvas. Com a Feira de Portobello ao lado de casa, Rita vivia “cercada de roupas”, conta, acrescentando que muitos de seus amigos trabalhavam nas barracas.

– Nunca tive muita grana. Comprava peças por duas ou três libras e reformava-as inteirinhas. Abria duas camisetas e costurava a frente de uma com as costas da outra, por exemplo. Ninguém entendia o que eu vestia, só eu.


 
Hoje, seu closet ainda está cheio de achados de brechós dividindo espaço com peças de grife como J.W. Anderson e Maison Martin Margiela.

Rita deve usar ainda mais marcas de luxo, já que os convites para desfiles não param de chegar. Ela já ocupou a primeira fileira na apresentação da Louis Vuitton e de Vivienne Westwood, mas, com a turnê que fará em fevereiro e março, terá que começar a escolher os que cabem em sua agenda já lotada. Rita se diz inspirada “pelos sentimentos do estilista, seu critério de escolha dos tecidos, a confecção dos bordados”. E acrescenta:

— Um dia quero ter a minha própria marca, mas só depois de gravar tipo 11 álbuns. Por enquanto, a música é a minha prioridade.
 
Apesar disso, ela faz questão de buscar uma marca registrada. Os anéis são uma aposta. Uma foto de Daphne Guinness — ou melhor, de suas mãos, com os dedos cobertos de anéis – enfeita sua sala. Tem também os saltos, geralmente altíssimos, como o Christian Louboutin nude que usava durante o almoço — e que garante ter comprado numa liquidação.

— O salto kitten heel, por exemplo, eu detesto. Ou você usa salto ou não usa nada, né? Também abomino wedge sneakers, embora adore o Air Jordan. Tudo bem você querer novidades, mas aquilo é um pecado.

E talvez a redenção esteja mesmo no tapete vermelho.

— O meu compromisso é com o glamour — afirma Rita.
 
 
 
 
Marca registrada
 
Além do batom vermelho, usado no palco, no tapete vermelho e “até para fazer compras no supermercado”, Rita Ora também é conhecida por colecionar anéis e enfileirar modelos diferentes em todos os dedos. – Toda pessoa tem uma característica pela qual é lembrada ou reconhecida, mas nem todas têm esta consciência – decreta.


                                                                             *Entrevista retirada do: The New York Times por BEE SHYUAN CHANG
 
Espero que tenham gostado do post!
Beijos, amores.
Fiquem com Deus.
 

2 comentários:

  1. Olá!
    Não a conhecia, mas nota-se que ela é naturalmente estilosa como it girls :D

    Att. Tanara S. Hormain
    Estudante de Estética e Imagem Pessoal
    www.tatashhormain.com

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